sexta-feira, 24 de julho de 2009

SEXUALIDADE

A Sexualidade na Antiguidade Grega.


Os gregos na Antiguidade, apesar de não considerar o ato sexual como uma atividade perniciosa, eles tinham um certo cuidado com a própria atividade; e, esse cuidado deriva em primeiro lugar, da própria forma do ato; segundo, "o custo que ele provoca; e, em terceiro, a morte a qual está ligado.
Portanto, apesar do ato sexual ser valorizado positivamente, para os gregos na Antiguidade, acreditavam que esse mesmo ato, por sua violência teria possibilidade de ameaçar, aquilo que era importante para eles: "o controle e o domínio que convem exercer sobre si mesmo", alem de "minar" a força que o individuo deve manter, através do dispêndio de energia que o ato em si provoca, finalmente, o ato sexual é também "uma marca da imortalidade do indivíduo", estimulando a sobrevivência da espécie. Então, podemos afirmar que o ato sexual sintetiza o jogo do poder, a força e a imortalidade do ser humano.



O Prazer e o sofrimento


No ato sexual a conjunção do prazer com o sofrimento está demonstrado na contração do corpo, no crispar dos movimentos com gesticulações, resfolegar, sussurros ofegantes, produzindo uma extrema excitação, com gritos, lamentos e palavras desconexas.
Para alguns gregos como Hipócrates "a conjunção de um sexo é uma pequena epilepsia". Por outro lado, acreditava-se que o esperma (sêmen) do ser vivo é a espuma do sangue fortemente agitado e aquecido pelo calor do macho...
É nessa agitação e aquecimento que surge a espuma, e, daí aparecendo a parte mais vigorosa, "a mais forte e a mais gordurosa", saindo dos tésticulos para o penis de onde é expulsa no ápice do prazer. Este processo também se dá involuntariamente como a polução noturna.
No caso da mulher, acontece pela matriz (vulva), que é estimulada pela verga (penis), durante a relação sexual.
O ato sexual provoca no corpo uma série de transformações e a principal delas é uma substância que tem a capacidade de dar existência a vida, e isso acontece, porque ela faz parte da existência ligada que é, a própria existência da espécie.


{História da Sexualidade -2 - O uso dos prazeres, de Michel Foucault.}