quarta-feira, 13 de julho de 2011

O SEXO, A VIOLÊNCIA E A NATUREZA

Não se pode negar que a violência está na natureza. Nesse sentido deparamos todos os dias com suas atitudes intempestivas, surpreendendo o homem que procura controlá-la através da cultura.
Quanto mais a sociedade cria armas para se defender e controlar o homem, mais ele surge com novos artifícios para burlar suas leis, normas, regras comportamentais e demais aparatos para subjugá-los. Não é um problema religioso mas biológico; não é um problema da cultura mas da natureza. E quanto mais destruimos o mundo natural mas animais insaciáveis nos tornamos, porque é a sua própria alma que está sendo destruída.
Então, para entender a brutalidade, a bestialidade do homem , temos que estudar os vários aspectos que nos cercam. Todas as civilizações passaram por processos semelhantes e destruindo-se com o passar do tempo.
O sexo, ou a prática sexual, é sempre um processo violento onde há o dominador e o dominado,
onde se percebe o desespero do animal em perpetuar a sua esécie ou não; o sexo em si é o retrato da violência animal. Por isso mesmo a sociedade sempre teve preocupação em reprimí-lo, anulá-lo e se fosse possível, aniquilá-lo. Os tabus são vários.
Mas, acontece que a sexualidade é um produto da natureza, os desvios sexuais também; Aquilo que a sociedade considera crime está entranhado no homem, o qual carrega o desejo como quem carrega uma mancha na pele. Temos que entender esse processo. É por isso que a natureza é diferente em todas as suas formas, e, homem, sendo parte da natureza deverá estar apto a aceitar as diferenças, respeitando-as; caso contrário, gera mais violência porque nem todos estão dispostos a aceitar a mudar aquilo que a cultura incutiu, no decorrer de várias gerações, em suas mentes , o que seria certo ou errado. Não somos produto do meio mas de todos os dados que nos cercam.
A sexualidade não tem cor, raça, gênero, número e grau. Ela é parte do mundo animal.
A sociedade que não mudar os seus conceitos quanto a sexualidade, cor da pele e etnia está fadada a um final trágico, porque o homem não sobreviverá estagnado nos seus dogmas.