domingo, 21 de março de 2010

SEXUALIDADE

O ENCONTRO DOS CORPOS



A linguagem dos corpos.

Cada corpo, seja ele masculino ou feminino tem a sua própria linguagem, influenciado de forma marcante, pela cultura; e quando se atraem através do desejo sexual fica claro, o comportamento que cada um desempenha no papel adquirido e estabelecido pela classificação sexual determinada pela cultura: macho e fêmea ou vice~versa. O casal busca desempenhar o seu papel de acordo com as regras pré-estabelecidas pela trama do amor .
A atração e o desejo é o elemento chave para a batalha do prazer: violência, dor, grito, gemidos, sussurros e... vitória do prazer e do amor! O dominador e o dominado, ambos os corpos, realizam o ato suprema da natureza.

Como exemplos escolhí dois depoimentos encontrados no livro de Roberto Wusthof, "Descobrir o Sexo".



1 - De Marcelo Rubens Paiva, no livro "Feliz ano velho", 1991



"Finalmente surgiu a possibilidade de transarmos. Até então, ela não podia dormir fora, por causa dos pais, não queria ir prum motel, porque era constrangedor. Na minha casa não dava, por causa da multidão que sempre tinha lá. Mas eu saquei que ela tava precisando de um tempo pra assimilar melhor a idéia e me conhecer mais.

Todos em casa viajaram e fomos pra lá. Era começo de verão, e tava um dia lindo. A casa era amarela, o que a deixava toda iluminada e limpa. Coloquei o "You've got a friend", abrimos uma garrafa de vinho e brindamos como sempre tínhamos visto nos filmes...

Dançamos com taças de vinho, beijávamo-nos a todo momento. Carreguei-a no colo até o meu quarto... e, depois de ter juntado todas as almofadas da casa sobre o meu colchão (...) fechamos a porta, acendemos um abajur e nos abraçamos, sem roupa.

Ela iria ficar menstruada dentro de uns dias, então não tínhamos mais nenhum empecilho. Estávamos livres, enfim, pra fazer amor. Ela abriu bem as pernas, e pude ver com clareza aquela penugem aloirada e os lábios vaginais bem rosa. Primeiro, fui beijando-a de cima até embaixo, e, quando cheguei no clitoris, senti um gemido e, imediatamente, ela ficou tensa. Respirava fundo, enquanto eu lambia, beijava, mordia devagarzinho. Com a mão na minha cabeça, ela apertava minha cara sobre sua vagina até que ouvi, bem calmamente:

- Vem até aqui.

E fui, nos beijamos, e encostei a cabeça do meu pinto na vagina dela. Com as pernas bem abertas, ela ia empurrando meu quadril, me ajudando na penetração.Aos poucos, fui forçando, sempre seguido de um gemido incômodo, mas com um suspiro de prazer. A vontade de penetrar me fazia forçar mais e mais. Eu olhava bem a posição e via a cara de tesão dela.

Ela abriu os olhos e nos encontramos num olhar profundo, amigo, amante, cúmplice: "vai fundo".

- Eu te amo - ela me disse. Primeira vez que uma mulher me disse "eu te amo". Aquilo me emocionou, agora sim eu iria fundo, eu iria possuir você, menina, colar meu corpo no seu, ser um só com você. Lágrimas escorreram por nossos olhos.

Agora sim, senti um repuxão nas suas pernas. Ela deu um pulo e me olhou assustada. Uma coisa quente escorria entre suas pernas e uma carne macia envolvia a cabeça do meu pinto. Ela me olhou e abriu um sorriso.

- Tudo bem? - perguntei.

- Pode ir.

- Se doer, avisa, tá?

- Tá - respondeu suspirando.

Comecei devagar a forçar os quadris, e, a cada entrada, ela dava um pulinho e uma relaxada, um pulinho e uma relaxada. Aos poucos, eu sentia que entrava mais, e o pulinho e a relaxada eram maiores. Sentí que, se continuasse naquele rítmo, ia gozar. E eu queria gozar. Falei baixinho pra ela que estava começando a sentir que ia gozar, e ela disse que também ia. Aquilo me excitou mais ainda. Tinha necessidade de forçar o rítmo, e ela gemia mais forte. Não estava doendo, senão teria me dito. Agarrei bem forte seu quadril e, olhando pra cara dela, penetrei, entrei, colei, ela começou a tremer, as pernas grudavam na minha, apertou-me as costas, eu comecei a tremer, estava suando horrores, não prestava mais atenção na dor dela. Os dois trememos. Estávamos tendo um orgasmo juntos.
Não tive força pra me desgrudar dela. Nossos corpos estava melados. Não tirei o pinto de dentro dela. Aos poucos, amoleceu. Ela se desgrudou de mim, acendeu um Minister e deitou em cima de mim, felicíssima.
- Gostou? - perguntei.
- Um tesão - falou isso rindo. (...)
Foi lindo. Ou melhor: foi maravilhoso. Nunca tinha-me sentido assim em toda a minha vida, a metade de um compromisso. Eu estava nu com a pessoa que mais me conhecia naquele momento, e com quem mais eu era sincero, verdadeiro."

Claudia, 17 anos

"Namoro serve pra curtir a vida com uma pessoa de quem você gosta. Passar pelas coisa boas e ruins, juntos. Acho que você não tem que namorar por namorar. Também não precisa estar apaixonado logo de cara. Você tem que dar uma chance à pessoa para conhecê-la melhor. Aí você, começa a sair, fala ao telefone todos os dias, vai dar satisfãções. A partir do momento
que você namora, tem que gostar e não pode chifrar (o que eu acho um absurdo ). Sou contra esse negócio de ficar. Você vai num bar, conhece um cara bonitinho, tem tesão de ficar com ele, e pronto. Depois, nunca mais vê. Não concordo. Acho muito frio. Eu já gosto de passar as coisas juntos. As pessoas estão "ficando", porque é prático; vão mudando de par, sem ter qualquer compromisso.
Não existe regra de quando a transa deve entrar no namoro. Tenho amiga que está super-apaixonada pelo namorado, já estão juntos há um ano e meio, mas nunca transaram. Outras, já transam logo nos primeiros encontros. Depende da menina e da rapidez do cara. Tem cara que já no primeiro dia quer tirar a roupa e passar a mão. Outros, demoram tanto, que você fica até pensando: "Pelo amor de Deus, tira a minha roupa logo." Eu prefiro um namorado mais apressadinho, porque aí você pode controlar. Você fica enrolando, fazendo charme do tipo: "Não. Agora, não. Mais tarde". Para o cara mais devagar , fica difícil dizer o que a gente quer.
Quando resolvemos transar pela primeira vez, tudo estava combinado, porque a gente não queria correr o risco de ser pego em casa por minha mãe. Conseguimos o apartamento de amigos do meu namorado. Só que, como tudo era programado, eu estava uma "pilha" de nervosa e tremiac omo vara verde. Mal conseguia tirar a roupa. Foi horrível. Como eu estava muito tensa, não relaxava e daí o pinto dele não entrava. Doía muito. Um desastre!
Só num outro dia, na cobertura de meu prédio, deu certo. Naquele dia a gente transou de camisinha. Doeu, mas entrou. Ele também estava muito nervoso, porque também era a sua primeira vez.

Nenhum comentário: